Quando cá cheguei trazia apenas um número de telefone de uma pessoa portuguesa que eu não conhecia e que nos iria buscar ao aeroporto.
Não conhecia ninguém que vivesse nesta parte do mundo, nem tampouco sabia se havia muitos portugueses.
Ao fim de algumas semanas já tinha conhecido alguns portugueses, todos eles a viver na Austrália há pelo menos vinte anos e todos eles na zona de Fremantle.
Certo dia ia no autocarro com o R. e ele ia a falar ao telefone com o Z., um dos portugueses de Fremantle. O R. ia para a escola e seguiu viagem enquanto eu saí na paragem de casa. Mal saio do bus, oiço alguém a perguntar-me: -És Portuguesa?Do Norte?
Com espanto viro-me, respondo que sim e um grande sorriso ilumina-se na cara da pessoa. Dois dedos rápidos de conversa e percebemos que somos da mesma cidade e freguesias vizinhas. As nossas mães conhecem-se e chegamos à conclusão de que ainda somos parentes afastadas.
O melhor de tudo, a C. também é engenheira civil e já trabalha na Austrália há uns anos!!
Os seus cartões profissionais acabaram e ela convida-me para ir à sua casa buscar mais. O marido está fora em viagem, e como o dia lhe tinha corrido mal, pergunta-me se eu não lhe quero fazer companhia ao jantar. Agradeço e fico. Começamos a conversar como se já nos conhecêssemos há muitos anos. Entretanto o R. termina a aulas e vem juntar-se a nós. A noite continua até quase às 2h da madrugada, acompanhada de bom vinho australiano e termina com queijo e marmelada!
O mundo é pequeno e não há coincidências! Continuamos a encontrar-nos regularmente, e comecei a dar aulas de português à N., a filha da C. que tem 9 anos.
P.S. - Nessa noite ainda pude trazer para casa uns exemplares recentes da Aurora do Lima. Sabe bem matar as saudades, nem que seja com um jornal:)
Aurora do Lima??? Essa parte não me tinhas contado! É fantástico este mundo ser uma ervilha ;)
ResponderEliminaro mundo é tão pequenino :)
ResponderEliminar***
Tambem ja aqui encontrei muitas pessoas nascidas na mesma terra do que eu, apesar de termos idades diferentes, por isso nao nos conheciamos na altura em que la cresci.
ResponderEliminarO munco e memso pequeno!
Tão longe e, afinal, tão perto. Fico contente por ti, Paula, pois assim custa muito menos. Bjs
ResponderEliminarTão bom minha linda! longe de casa .....no meio do mundo, encontrar alguém que fala a mesma lingua que nós.... é muito bom:) e já me aconteceu! mas encontrar alguem desconhecido e... tão próximo.... é com certeza maravilhoso. bjs lv
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