segunda-feira, 7 de setembro de 2015

(Mais uma) Incursão ao mundo árabe

Há uns tempos ouvi falar de uma conhecida cantora que foi "convidada a sair" deste lugar sagrado por ter tirado poses um pouco mais ousadas. Não costumo ligar muito a estas notícias, mas fiquei intrigada quando vi as fotografias e vi que estava perante uma obra de arte (a mesquita, não as fotos da tal cantora)!

Após uma breve pesquisa vi que se tratava da Grande Mesquita Sheikh Zayed, a terceira maior mesquita do Mundo, só perdendo para Meca e Medina na Arábia Saudita. Além disso era aberta ao público em geral e curiosamente a "não muçulmanos". Para que se saiba isto é um facto relativamente pouco comum. Já em tempos tinha entrado na Mesquita Azul de Istambul e sabia que mesmo podendo lá entrar, as regras eram rigorosas.

Não hesitei um segundo quando tive a oportunidade de apanhar um autocarro que me levasse do Dubai a Abu Dhabi só para a ir ver.

Os meus olhos não queriam acreditar na pérola que tinha na minha frente. Sem dúvida um dos mais belos edifícios que já vi na vida, eu que sou uma apaixonada por edifícios monumentais.

Da indumentária discreta não me escapei. Tapei-me segundo as regras e tirei os sapatos. Por fim entrei. Não e possível descrever com palavras a sensação de estar num lugar tão sagrado (mesmo sendo de uma religião que não a minha) e tão belo...


A Grande Mesquita Sheikh Zayed foi concluída em 2007 (uma obra muito recente) ao fim de quase 12 anos de construção e tem uma área equivalente a cinco campos de futebol. O número de minaretes é sinónimo de importância da mesquita; Sheikh Zayed tem quatro e a cúpula principal tem 85 metros de altura.


Possui o maior tapete do mundo feito à mão e foi construída com materiais vindos de todo o mundo. Os lustres feitos com cristais Swarovski têm 10 metros de diâmetro, 15 metros de altura e pesam 9 toneladas! As colunas são incrustadas de pedras preciosas e as paredes feitas com 28 tipos diferentes de mármore possuem desenhos embutidos em ouro e mosaico de vidro.



 


 

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Fenómenos em Rotorua

Para quem já visitou os Açores, a actividade geotérmica não é nenhuma surpresa. Já em tempos visitei o Vulcão Etna na Itália, mas nunca tinha presenciado ou sentido os efeitos da actividade vulcânica . Rotorua e a capital dos fenómenos geotermais, e como tal, ponto de paragem obrigatória enquanto percorria a ilha norte da Nova Zelândia.

Fumarolas, geisers, piscinas de lama, (intenso) cheiro a enxofre e agua borbulhante aparecem por todo o lado aqui na região. O turismo termal e bastante procurado pela brigada do reumático e as massagens com lama são muito populares entre as asiáticas. 

Eu cá passei o tempo a admirar a beleza da Mãe Natureza e fotografar o que mais me impressionou:)

Nada sobrevive a estas temperaturas

Aproveitei para lavar os pés na água quentinha das "foot pools" públicas



A lagoa fervia a céu aberto

Um intenso pivete a enxofre que se fazia sentir no ar

Geiser Lady Knox em acção

Atenção! Não pisar....nem tocar

 Eu e o Lady Knox na sua erupção diária

 
A Piscina de Champanhe (a foto não faz jus ao que realmente via)

quinta-feira, 30 de abril de 2015

A Pedra

Dizem que é só uma pedra. Mas não é uma pedra qualquer. É um símbolo que representa a Austrália, mais até que a Ópera House de Sydney.

O seu tamanho faz até os mais cépticos acreditarem que os aliens são os responsáveis pela sua existência. Os aborígenes acreditam que ela é sagrada e muitos rituais foram lá feitos ao longo dos tempos.
E enquanto conduzia pelas estradas rodeadas de terra vermelha pensava se valeria mesmo a pena fazer milhares de quilómetros do meio do nada, no meio do deserto só para a ver...

Chorei quando vi "a pedra" no meio do planalto e ainda estava a quase duas horas de viagem. Como é possível aquela grandeza estar pousada ali, em pleno centro de um continente/país como a Austrália.

Estacionei o carro ao lado de muitos outros carros que esperavam o mesmo que eu. Subi para o tejadilho e esperei. Esperei por aquele que seria um dos melhores sunsets de sempre. Ficou tudo registado na minha máquina fotográfica. Mas, por mais fotografias que tirasse, nunca consegui pôr na película aquilo que os meus olhos realmente viam...

Valeram todos os milhares de quilómetros feitos.

O meu sunset no Uluru/Ayers Rock

segunda-feira, 2 de março de 2015

Viva a Europa da Austrália!

Quando cheguei a Melbourne tinham passado cinco dias desde que tinha saído de Perth. E o meu primeiro pensamento foi: estou de volta à Europa!
Melbourne é uma cidade cosmopolita, jovem e moderna, que esbanja arte e cultura por todos os lados. Não faltam esplanadas cheias (as pessoas não se refugiam nos seus quintais como em Perth), há gente na rua até tarde, há espectáculos, há movimento, a cidade está viva!
South Wharf


Vista do WC do 38º andar do Hotel Sofitel 

O CBD de Melbourne


Federation Square (onde toda a malta se junta)


O Rio Yarra

St. Kilda


Estação de comboios Flinders

Mas se tudo isto abona a favor de Melbourne, apenas uma coisa destoa. Não há cidades perfeitas! O tempo em Melbourne muda cerca de cinco vezes ao dia. E se o dia amanhece com um sol radioso, o mais provável é que chuvisque lá para a hora do almoço, esteja pouco nublado durante a tarde e chova a cântaros ainda antes do pôr-do-sol.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

E os animais.....são uns bichos interessantes!

Até vir para a Austrália, nunca então me tinha passado pela cabeça que os animais pudessem ter um papel tão importante na vida de um país.
A relação que os Ozzies têm com eles é de respeito, e nunca mas nunca os subestimam.

Os animais não têm medo dos humanos, pelo contrário, o seu instinto selvagem ainda está bem presente, e é visível em várias situações do quotidiano.

Regra nº1 - NUNCA dar comida a pássaros, sejam eles corvos danados ou gaivotas famintas.
Basta um segundo de distracção para estes atiradiços nos devorarem o almoço, estragando-nos o dia, seja na esplanada, na praia ou até enquanto fazemos um BBQ no parque, além de fazerem um lixo tremendo. E rio-me às gargalhadas quando vejo as gaivotas a queimarem as patitas nos BBQ. Ninguém as manda ser gulosas!

Regra nº2 - Não confiar nas pêgas, por mais ar fofinho que tenham! Estes passarinhos bicolores roubam coisas e normalmente voam em direcção às cabeças das "ladies" em busca de chapéus ou outros acessórios. Em tempos salvei uma senhora na cidade que estava calmamente sentada num banquinho quando uma pêga em vôo picado se emaranhou no seu cabelo dando-lhe bicadas! (uma situação assustadora, podem crer).

Regra nº3 - Fechar as portas de casa que dão para o exterior. Isto pode parecer banal, mas a quantidade de animais mortíferos que anda para estas bandas é de arrepiar. Basta uma picada de uma aranha (bastante comum até) chamada Red-back para nos mandar para o outro lado. Totalmente fatal! Já para não falar de baratas e outros insectos nojentos. Parece que nascem do chão. Conclusão, há mesmo que fechar as portas!

Regra nº4 - Não andar descalço, seja a caminho da praia, no jardim ou em zona de "bush" (o mato cá do sítio), uma vez que há bastantes espécies de cobras e lagartos, algumas mortais e outras venenosas. Infelizmente a cultura de andar descalço está bastante enraizada e não há nada a fazer em relação aos australianos. Quanto a mim não me apanham sem sapatos! No meu jardim vive um casal de lagartos Bobtail:)

Regra nº5 - Deixem os pelicanos em paz! Bem sei que eles parecem queriduxos na água e quando trazem os bebés no bico, mas olhando com atenção, os pelicanos são criaturas muito grandes, fortes e com uma aparência jurássica (ou será que só eu é que vejo aqui um pterodáctilo branco?)